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Princesa Cris

Princesa Cris

31
Dez18

Maria João Pires está de regresso


Cristina Mota Saraiva

maria Joao Pires.JPG

Parece que Maria João Pires está de regresso a Belgais. Foram realizados concertos e ampliadas as datas de novos e estamos todos muito felizes e contentes. Não ponho em causa a qualidade enquanto pianista, muito antes pelo contrário. Mas, mais uma vez se comprova que a memória é curta.

Então não foi esta senhora que tanto mal disse da região e do país, depois de tudo o que se fez por ela e, na altura, por um capricho, queparece-me foi a não atribuição de um subsidio, decidiu fazer as malas e rumar a outras paragens, nomeadamente para o Brasil. Não sem antes fazer duras criticas ao país e à região que tão bem a acolheu. Recordo que a autarquia albicastrense investiu milhares para fazer uma estrada até à entrada da Quinta. Outras verbas foram disponibilizadas pela autarquia e o Ministério da Educação  queixava-se em 2006 de esperar pela justificação de um investimento de 65 mil euros em Belgais.

Pra além disso, a Caja Duero, a Fundação Avina e Yhamaha Pianos eram outros dos parceiros da pianista. Nunca nada foi justificado e agora recebemos esta senhora de braços abertos, porque é um prestígio para a região e traz muita gente. Enfim, isto sim é espírito provinciano. Continuamos pequeninos. E vamos continuar a alimentar os caprichos da senhora, só porque traz gente à região. Tenham dó!!

Os intelectuais vão com toda a certeza criticar a minha posição, mas é esta e pronto. Como diria a minha avó “ não gosto que me  comam as papas na cabeça”.

A conceituada senhora pianista bem podia ir pregar para outra freguesia! Ou vamos ficar à espera que lhe sejam concedidos mais apoio, mais investimento e depois, quando as coisas não lhe correm a jeito desaparece a dizer mal do país e da região. Entretanto leva mais uns apoios…

30
Dez18

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?


Cristina Mota Saraiva

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

Para saber se você deve usar a, à, á, há ou ah, apresentamos aqui algumas dicas que vão facilitar e eliminar todas dúvidas.

Por

 ncultura

 -

 Dezembro 27, 2018

 

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

Para saber se você deve usar a, à, á, há ou ah, apresentamos aqui algumas dicas que vão facilitar e eliminar todas dúvidas.

Parece existir alguma confusão relativamente ao uso correto de a, à, á, há ou ah numa frase. Como usar e em que contexto, principalmente em à, á e há?

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

a é um artigo definido, feminino, singular. Utilizamos sempre antes do substantivo com função de determinante feminino.

Exemplo: Falo sobre a língua portuguesa.

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

á nunca é utilizado isoladamente, é usado para acentuar a sílaba tónica de uma palavra.

Exemplo: Esta página é sobre como usar certas expressões.

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

à é sempre utilizado isoladamente (exceto: nas palavras às, àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo) e implica um sentido ou ação.

Exemplo: Não devemos ler este artigo à pressa.

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

 é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver. A forma de determinar se usamos há é substituir, na frase, pelo sinónimo existe. Se fizer sentido então é porque o devemos usar.

Exemplo: Eu digo que  um erro neste artigo.

Língua Portuguesa: quando se escreve a, à, á, há ou ah?

ah é uma interjeição que exprime admiração, alegria, compaixão, desejo, dúvida, espanto, impaciência, ironia, dor, tristeza, etc.

Exemplo: Ah, que artigo útil.

De entre estas dúvidas a principal aponta para a questão de usar à ou há uma vez que as outras são mais fáceis de compreender. Como apontado em cima, memorize que  pode ser sempre substituído por existe pois advém do verbo haver.

18
Jan17

Há homens com muita sorte, estou tão feliz: Dava tudo por ela


Cristina Mota Saraiva

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Estou tão feliz! Por ela! Sou daquelas que prefere olhar para o interior, uma vez que o exterior, apenas complementa, mas nem sempre! E ela sempre foi o seu interior, para mim e para muito/as outro/as, mas ela não queria acreditar e sempre se desvalorizou e rebaixou! Felizmente que houve alguém que descobriu e deu valor a isso! Alguém com os olhos bem abertos e que percebeu um diamante que não estando escondido, teimava em esconder-se. Estou tão feliz por ela, como se fosse algo meu! Até tenho água nos olhos! De felicidade. Não sou como o outro que deixou tudo por ela! Eu não! Eu dava tudo por ela. Felizmente que houve um alguém que se decidiu primeiro e avançou. Agora, eu dou tudo por eles! E se já a adorava a ela, passei agora a adorá-lo a ele. Sim. Já o conhecia, mas a vida não permitiu que aprofundássemos uma amizade. Espero que permita agora!!!

Ela é uma das minhas pessoas! Gosto dela porque sim!E continuarei gostando, porque sim! E porque ela é uma das minhas pessoas e quero-a aqui !Porque sim! No hoje, no ontem e no amanhã GOSTO!!!

29
Dez16

Rui Esteves é o novo comandante Nacional da Proteção Civil


Cristina Mota Saraiva

A notícia avançada foi confirmada pelo Ministério da Administração Interna, conforme refere o Jornal Reconquista através do seu site.

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Rui Esteves é o novo comandante da Proteção Civil (foto Jornal Reconquista)

O comandante irá substituir no cargo José Manuel Moura, que dirigia a Proteção Civil desde 2012.

Rui Esteves comanda  a Proteção Civil distrital há vários anos e o seu trabalho tem sido reconhecido não só pelo combate aos incêndios mas também noutros episódios, como a resposta de socorro ao acidente com um autocarro na A23 em 2007 ou o tornado que varreu a Sertã e outros concelhos em 2010.

Ainda recentemente o executivo municipal da Sertã aprovou um voto de louvor pelo modo como este tem comandado as forças de proteção civil no concelho, quando é assolado por situações de risco.

Este voto de louvor foi aprovado por unanimidade, noticia a Rádio Condestável, ainda segundo o Reconquista.

Esta foi uma notícia que li e acompanhei com todo o interesse É uma notícia, confesso que aguardava há anos. De facto, Rui Esteves sempre foi um profissional interessado e empenhado com quem trabalhei, por inerência da minha profissão, longos anos desde o seu tempo de Bombeiro em Idanha-a-Nova, depois como comandante dos Voluntários de Idanha-a-Nova e secretário na autarquia de Idanha, ao tempo da presidência de Joaquim Morão.

Depois, veio a Proteção Civil e Rui Esteves foi nomeado comandante de Castelo Branco e desde a capital de distrito da Beira Baixa foi acompanhando as diversas alterações que foram acontecendo na estrutura. Entretanto, em Castelo Branco ia implementando ideias, muitas delas aproveitadas a nível nacional. Apostou e fez apostar muito na formação e os resultados das suas apostas foram sendo provadas no terreno. Muitas pelo lado negativo mas ainda bem que existiam ou as catástrofes teriam sido ainda maiores... Castelo Branco na área da Proteção Civil foi sendo referência a nível nacional. Sei que muitas vezes não foi entendido pelos seus superiores. Até pela forma como se relacionava com a comunicação social, o que considero ter sido uma mais valia para ambas as partes, dado que a confiança no trabalho  das partes permitiu um trabalho mais profícuo e que abriu as portas do CDOS mostrando todo o trabalho que ali se fazia e faz e dando valor ao serviço desenvolvido por profissionais muitas vezes esquecidos. Ou seja Rui Esteves foi um mentor de muitas das ideias que hoje proliferam pela Proteção Civil. Sabe do que fala e do que faz. Deu provas mais do que suficientes para justificar o local onde hoje já se encontra. Parabéns comandante. Estás no lugar certo! Ao longo da tua carreira também soubeste reconhecer os bons profissionais e rodeaste-te deles. Soubeste escolher a tua equipa que também faz parte do teu sucesso. Parabéns comandante, orgulho-me de ser tua amiga e de ter acompanhado o teu percurso! Uma palavra também para a tua família que soube perceber os momentos que ficou sem ti, quando muitas vezes punhas a tua vida em risco pelos outros. A tua esposa e os teus filhos estão com toda a certeza muito orgulhosos pelo homem que és e onde chegaste!

 

25
Out16

Inácio deixa Sporting e vai treinar o Moreirense


Cristina Mota Saraiva

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O ex- jogador e treinador do Sporting, Inácio, afirmou no sábado, dia 25 de Outubro, de 2016, em Castelo Branco, no decorrer das comemorações do 24.º aniversário do núcleo do Sporting Clube de Portugal, de Castelo Branco, que está pronto para voltar a ser treinador, depois de ter cumprido mais uma missão no seu clube de coração, o Sporting. Recorde-se que Inácio foi o último treinador campeão que o Sporting teve, para além de muitos outros títulos que conquistou com o símbolo do leão ao peito. No início da época passada, Inácio esteve ao lado de Bruno de Carvalho e ajudou-o a ganhar as eleições. Agora, segundo ele, chegou a hora de tratar da sua vida. Logo na manhã seguinte anunciava-se a sua ida como treinador, para o Moreirense… boa sorte mister e muitos sucessos na tua carreira ,esperamos o teu regresso.

Nessa mesma noite, o Sporting Clube de Portugal jogava no Bessa, Mas Inácio, encontrando-se entre dois amores, referiu que escolheu Castelo Branco onde já havia estado em campanha e onde começou a perceber o que é o Sporting e a força dos Núcleos. Felicitou as meninas do futsal do Núcleo de Castelo Branco, por terem ganho 24 – 0, frisando que” os vossos objetivos são os nossos” e é com muita honra e orgulho que me encontro aqui, “ em detrimento do jogo no Bessa”, adiantou.

Paquito, distinguido com o galardão “Garra de leão”, esteve em Castelo Branco pelo segundo ano consecutivo, uma vez que no ano passado, marcou presença em representação de Hilário, também ele já distinguido com este galardão. Desta vez foi a hora do pugilista levar o galardão para casa. Também ele destacou a importância dos Núcleos na vida do Sporting. O distinguido no ano passado Hilário esteve igualmente presente, apesar de ter estado internado nos 20 dias anteriores, mas como já no ano passado não tinha podido marcar presença fez um enorme esforço para não faltar, de novo, na cidade albicastrense.

Paquito realçou que “o Sporting precisa dos Núcleos e esteve em Castelo Branco” com muito orgulho. Por último usou da palavra o presidente do Núcleo, José Carlos Mocito frisando que apesar das diferenças de cor clubística o presidente da autarquia tem dado apoio ao –núcleo no desenvolver das suas atividades.Apesar desse forte apoio, José Carlos Mocito recordou a nova aposta do Núcleo , o futsal feminino, a precisar de um apoio mais reforçado.

O autarca Luís Correia realçou que para além da cor clubística existe uma associação que também destaca o nome de Castelo Branco. Luís Correia disse que o Núcleo pode sempre contar com a autarquia.

José Carlos Mocito ofereceu lembranças aos representantes dos Núcleos e frisou que o Bar do Núcleo será aberto a partir de 1 de dezembro. José Carlos Mocito, antes de terminar realçou que não vai recandidatar-se ao lugar.

04
Jul16

O meu testemunho


Cristina Mota Saraiva

Foi a 30 de abril de 2014 que tudo aconteceu.

Posso dizer hoje com toda a clareza que eu era uma autêntica 'kamicase' a caminho do AVC, ou seja, tinha tudo para ser a próxima vítima, como uma bomba em movimento à espera que a cavilha saltasse, para explodir.

Tinha a tensão alta que não controlava, esquecia-me de tomar os comprimidos, era fumadora, bebia muito café e andava sempre em stress. Sabia os riscos, mas como sempre pensamos, eu também pensei que estas coisa só acontecem aos outros. Mas nesse dia de 30 de abril, aconteceu-me a mim.

Foi um dia que começou normal. Saí de casa para ir trabalhar, no Jornal Reconquista. Sendo quarta-feira, era um dia mais agitado devido ao fecho de edição. Terminada a azáfama, seguiu-se o almoço conjunto e, durante a tarde, a preparação dos conteúdos para a edição online, Terminei a minha tarefa e saí, mas recebi a informação de um acidente, com alguma gravidade, ao final da tarde. Como era hábito nestas ocorrências, dirigi-me ao local, para recolher dados. nem levei máquina fotográfica, pelo que fiz o registo fotográfico com o telemóvel. Voltei a casa e coloquei a notícia no site do jornal. Ainda liguei ao meu chefe, já não me lembro bem o motivo, mas liguei duas vezes com a mesma conversa, como o próprio me relatou mais tarde e me advertiu no momento. Mas como já toda a gente sabia da minha atitude "despassarada", ele acabou por não estranhar.

A minha irmã também me ligou, numa altura em que já me sentia um pouco indisposta, para me perguntar se tinha reparado que a notícia que colocara na internet estava cheia de erros. Como estava novamente de saída, para um trabalho que tinha combinado com um amigo, numa localidade a 12 quilómetros da cidade, pedi a um colega meu se podia corrigir os erros, peguei no carro e lá fui.

Bebemos um café, bebi um licor beirão e fumei um cigarro, antes de ir visitar a sede de uma instituição da qual esse amigo era presidente, altura em que começo a sentir-me mais indisposta. Contudo, não achei que fosse nada de anormal e regressei à cidade e a casa. Foi já em casa que me comecei a sentir mal disposta e esquisita. O braço esquerdo ficou estranho e algo dormente. E foi aqui que comecei a pensar num AVC. Liguei para a Linha Saúde 24, que me diz para ligar de imediato para o 112. Assim fiz, dizendo logo que poderia ser um AVC. Disseram-me que iam mandar uma ambulância de imediato e ficaram a falar comigo. Fiquei mais descansada, mas preocupada, pensando no AVC. Liguei à minha filha, que estava já perto de casa, e disse-lhe que devia ir para o Hospital, mas ela chega entretanto e confirma que a minha cara estava diferente, o que também já sentia. Fico ciente de que é mesmo um AVC. Sinto alguma falta de ar e chegam os bombeiros.

A partir daí, a memória só volta na Tocha, no Centro de Reabilitação Rovisco Pais, onde estive depois de uma passagem pela Unidade de AVC do Hospital Amato Lusitano e da Unidade de Cuidados Continuados do Orvalho, onde hoje me encontro, de novo.

Há um hiato temporal do qual não tenho a mínima memória. Quando cheguei ao Orvalho, reconheci algumas caras, mas outras não.  Lembro-me, ainda de no início estar muito confusa e de inventar muitas histórias, umas sem nexo, mas outras perfeitamente possíveis. Mas tenho consciência que na altura "esticava-me" um bocado na língua e tinha uma imaginação muito fértil. Lembro-me, ainda de dar uma bofetada numa fisioterapeuta.

No Rovisco Pais aconteceu a minha maior reabilitação, embora reconheça algumas lacunas, mas tenho receio de ser injusta, por não me lembrar de coisas que poderão ter acontecido. No regresso a Castelo Branco, em 14 de fevereiro de 2015, e após a consulta de fisiatria, fico em lista de espera para fazer reabilitação.

É aqui que começa aquele que considero ser um problema dos doentes de AVC como eu. Sem perspetivas de quando poderia iniciar a minha reabilitação decidi, a expensas próprias, procurar um local onde pudessem ajudar-me não só a continuar a recuperar, mas acima de tudo a não deixar regredir o trabalho feito no Orvalho e na Tocha.

Uma amiga fala-me da Escola Superior de Saúde, onde o marido fazia também recuperação dos problemas que resultaram de um grave acidente. O marido dessa amiga apresentava resultados excelentes que eu reconheci depois de o ver.

E lá fui eu para a Escola, a expensas próprias, por minha iniciativa, sem qualquer indicação especializada, apenas da minha amiga que tinha provas concretas e que depressa me convenceram: não olhei para trás e ainda bem que assim foi. Aí conheci o André que foi meu fisioterapeuta e um dos meus anjos da Guarda, conforme já escrevi, num texto dedicado aos fisioterapeutas e que lhe hei de fazer chegar a ele e ao Diogo que apesar de não ter trabalhado comigo fiquei a adorar, que mais não fosse pelas nossas picardias desportivas. Eles sabem que foram muito importantes para mim, tanto que a minha irmã dizia que eu estava viciada no André e que me ia oferecer um boneco de cartão com a figura dele. Isto para dizer que ambos foram importantes, não só porque eram fisioterapeutas, mas sobretudo porque também foram amigos e esta parte é fundamental, mesmo que tenha lidado com o lampião do Diogo que mesmo quando eu levei a camisola do Sporting não me pôs na rua. Duvido que eles tenham refinado os seus gostos futebolísticos, mas a ideia é destacar a entrega ao doente e a forma bem disposta, atenciosa e próxima como se entregam e veem além dos ossos e dos músculos e como vem aí o Verão dizer-lhes que não me esqueço dos caracóis do Beirão.

E foi assim que cheguei à Escola Superior de Saúde, um local que me foi recomendado e onde tive excelentes resultados, graças ao André, que foi um dos meus anjos da guarda, mas também pelo incentivo do Diogo. Ambos foram importantes, não só porque eram fisioterapeutas, mas sobretudo porque também foram amigos e esta parte é fundamental. Tal como é fundamental a entrega ao doente e a forma bem disposta, atenciosa e próxima como veem além dos ossos e dos músculos.

Mas tenho de deixar igualmente uma palavra para a minha última fisioterapeuta antes de regressar ao Orvalho, a Elisa, que me aturou e que no início me serviu também de psicóloga porque eu  chorava muito e ela deu-me todo o seu apoio, o que me levou a sentir necessidade de procurar ajuda especializada e procurei um psicólogo. E mais uma vez, por minha iniciativa fui eu que procurei um especialista. Também, mais uma vex a expensas próprias.

Passaram mais de seis meses e tinha de agir, porque estava a pagar do meu bolso não só o recurso a especialistas, como os medicamentos e tudo faz diferença no final do mês, porque estando de baixa, o rendimento é substancialmente menor que o ordenado de trabalho, como se calcula.  

A meu pedido, o meu irmão fez uma exposição no Gabinete do Utente da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, para tentar perceber o porquê da demora, e foi, assim que consegui uma resposta para o problema. Foram-me dadas três alternativas e acabei por escolher a Santa Casa da Misericórdia para fazer a fisioterapia.

Os sistemas perfeitos não existem, mas um doente de AVC é esquecido pelo sistema.

O que está em causa é a vida das pessoas e muitas vezes, nestes casos, fazer a fisioterapia adequada e em tempo útil faz toda a diferença entre voltar, ou não, a ter autonomia. Se as respostas não tivessem tardado tanto, talvez o meu braço esquerdo tivesse recuperado e a perna já apresentasse maior sustentabilidade.

Deixo apenas uma pergunta: Considero-me uma pessoa minimamente informada e por isso não desisti de pressionar o sistema. Mas se o não fosse, como estaria eu agora? Completamente atrofiada, tolhida de movimentos, totalmente dependente e sem recuperação possível. Isto não é justo para ninguém…e o sistema...não pode ser a eterna desculpa.

 

 

PS – Este texto foi utilizado num colóquio sobre o tema, na Escola Superior de Saúde, do Instituto politécnico de Castelo Branco.

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